Obs. sobre a trezena: Concede-se indulgência plenária cada vez (sob as condições ordinárias)
para os que fazem as treze terças-feiras consecutivas, ou treze domingos (S. C.
1898).
Indulgência plenária também em
cada terça-feira do ano, para todos os fiéis que, verdadeiramente contritos,
tendo-se confessado e comungado, visitarem uma igreja franciscana durante a exposição
do Santíssimo Sacramento, e rezarem pelas intenções do Sumo Pontífice. (S. C.
1894)
PRIMEIRO DIA
Eu vos saúdo, grande Santo Antônio, pai e protetor. Eis-me humildemente prostrado a vossos pés para pedir-vos intercedais por mim diante de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que ele se digne conceder-me, por vosso intermédio, a graça que desejo (pede-se a graça), se for da vontade de Deus, à qual me submeto inteiramente. Peço-vos isso, amável santo, pela firme confiança que tenho em Deus, a quem servistes fielmente, e pela confiança que deposito em Maria, a quem tanto honrastes. Imploro-vos, pelo amor desse doce Jesus-menino, que carregastes em vossos braços. Suplico-vos, por todos os favores que ele vos concedeu neste mundo, pelos prodígios sem número que Deus operou e continua a operar diariamente por vossa intercessão. Peço-vos, enfim, pela grande confiança que tenho em vossa proteção. Assim seja.
Radiosa infância de Santo Antônio
Santo Antônio de Pádua, o grande taumaturgo, o glorioso filho de São Francisco de Assis, nasceu em Lisboa, no dia 15 de agosto de 1195. Pertencia, pelo lado paterno, à ilustre família de Godofredo de Bulhões e, pelo lado de sua mãe, Maria Teresa de Távora, à família real das Astúrias. Educado com particular cuidado por mãe piedosíssima, triunfou do demônio desde a mais tenra idade, e consagrou-se ao Senhor.
Completando dez anos, entrou no colégio dos cônegos da catedral, onde se fez admirar por sua piedade angélica. Aos quinze anos, renunciando às vantagens do mundo, entregou-se sem reserva ao serviço de Deus, em um convento de cônegos de santo Agostinho, em sua cidade natal. Surpreendeu-os pelo gênio precoce e edificou-os pelas virtudes raras. Apaixonado pela oração, não podia entregar-se a ela com todo o ardor de sua piedade, pelas frequentes visitas dos parentes e amigos. Pediu e obteve dos superiores autorização de se retirar para o convento mais solitário de Santa Cruz de Coimbra, onde passou dez anos no exercício de todas as virtudes religiosas. O tempo que lhe sobrava da observância regular, consagrava-o à meditação e ao estudo dos livros santos. Dotado de prodigiosa memória, detinha tudo que lia. Foi na leitura assídua da divina palavra que aqueceu o coração para oferecê-lo ao Senhor, abrasado de amor. Dócil às inspirações da graça, aplicava-se a conhecer e procurar tudo que poderia ser agradável a Deus, sem ouvir as resistências da natureza, as mentiras do espírito das trevas nem as ilusões dos sentidos.
Como boa árvore plantada em terra fértil, Fernando de Bulhões crescia e adornava-se para dar frutos abundantes no tempo preciso.
Como sois feliz, ó Santo Antônio, por terdes compreendido tão cedo que não era demasiado empregar toda a vida a servir a um Deus que não cessa um instante de nos amar; estou convencido de que, quem recusa os primeiros anos ao Criador, recusa-lhe a mais bela e a melhor parte que possui. Como vos felicitais agora de não terdes ouvido a voz enganadora do mundo, que vos afastava de vossos projetos. Se, em vez de vos consagrardes a Deus sem reserva, seguísseis os conselhos dos pérfidos amigos, ah! não poderíeis ser hoje meu protetor! Agradeço-vos, amável santo, por tudo o que fizestes por Deus, porque o fizestes por mim. Deploro os anos perdidos, as graças recusadas, e espero, com vosso auxílio, mostrar-me mais fiel para o futuro.
Exemplo
Um dia, durante os primeiros anos de sua vida, o jovem Fernando rezava, com as mãos postas, diante da imagem da Santíssima Virgem. Súbito, o demônio, invejoso da beleza de sua alma, apareceu-lhe sob uma forma horrenda, ameaçadora, procurando afastá-lo de Maria. O menino, lembrando-se do que havia aprendido sobre o poder do sinal da cruz, traçou-o imediatamente sobre o mármore onde estava ajoelhado. Oh! maravilha! A pedra tornou-se flexível sob essa pressão e recebeu a marca da cruz, mais terrível que o raio para expulsar o espírito mau. O tempo não o apagou e ainda hoje os peregrinos beijam esse vestígio, inapagável, do primeiro prodígio de santo Antônio de Pádua.
Máxima de Santo Antônio: “É santo quem faz todas as ações com número, peso e medida”.
Oração
Suplico-vos, grande santo, em consideração de vossa fidelidade em seguir os atrativos da graça, e pelos méritos das virtudes que praticastes no século e no claustro, obterdes-me de Deus a docilidade às boas inspirações e força para resistir aos combates da carne e às seduções do mundo. Espero poder recuperar, por minha fidelidade, o tempo perdido. Peço-vos também obterdes-me a graça particular esperada por intermédio desta trezena. Assim seja.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário